23/09/2019

Historia de Berlim


Falar sobre Berlim é falar sobre a capital do país que esteve à frente dos maiores acontecimentos da história mundial nos últimos 100 anos. Ainda que não seja do lado do “mocinho”, muito ao contrário. Assim, antes de entendermos a cidade, necessário entender os acontecimentos mundiais, que tiveram seu epicentro aí, exatamente em Berlim. E quando falamos de Berlim, estamos falando de nada mais nada menos do que 1ª Guerra Mundial, Hitler, 2ª Guerra Mundial, Holocausto, Cortina de Ferro, Guerra Fria e reunificação. Tudo isso aconteceu em Berlim ao longo dos últimos 100 anos de sua história.
  
Primeira Grande Guerra


 Em 1914 o mundo conheceu a Primeira Guerra Mundial. Entre as causas da guerra inclui-se as políticas imperialistas das grandes potências da Europa, como o Império Alemão, Austro-Húngaro, Império Russo, Império Britânico, República Francesa e a Itália. Diversas alianças formadas ao longo das décadas anteriores foram invocadas, assim, dentro de algumas semanas, as grandes potências estavam em guerra; através de suas colônias, o conflito logo se espalhou ao redor do planeta.
O Império Russo entrou em colapso em 1917 e a Rússia deixou a guerra. Depois de uma ofensiva alemã em 1918 ao longo da Frente Ocidental, os Aliados forçaram o recuo dos exércitos alemães em uma série de ofensivas de sucesso e as forças dos  EUA começaram a entrar nas trincheiras. A Alemanha, que teve o seu problema revolucionário interno (de ideais comunistas), neste ponto, concordou com um cessar- fogo em 11 de novembro de 1918, episódio mais tarde conhecido como Dia do Armistício. A guerra terminou com a vitória dos Aliados.
Até o final da guerra, quatro grandes potências imperiais — os impérios Alemão, Russo, Austro-Húngaro e Otomano — deixaram de existir. Os Estados Sucessores dos dois primeiros perderam uma grande quantidade de seu território, enquanto os dois últimos foram completamente desmontados. O mapa da Europa foi redesenhado em vários países menores. A Liga das Nações (precursora da ONU) foi formada na esperança de evitar outro conflito dessa magnitude. Há consenso de que o nacionalismo europeu provocado pela guerra, a separação dos impérios, as repercussões da derrota da  Alemanha  e  os  problemas  com  o  Tratado  de Versalhes foram fatores que contribuíram para o início da Segunda Guerra Mundial.




             2a  Guerra Mundial

A chegada dos nazistas ao poder colocou fim à República de Weimar, uma democracia parlamentar estabelecida na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial. Com a nomeação de Adolf Hitler como chanceler, em 1933, a Alemanha nazista (também chamada de Terceiro Reich) rapidamente tornou-se um regime no qual os alemães não possuíam direitos básicos garantidos.
Uma ampla campanha de propaganda foi levada a efeito para disseminar os objetivos e ideais do regime. Hitler defendia o uso de propaganda política para disseminar seu ideal de Nacional Socialismo que compreendia o racismo, o anti-semitismo e o anti bolchevismo.

Ao longo desse plano propagandista, os alemães eram constantemente relembrados de suas lutas contra inimigos estrangeiros, e de uma pretensa subversão judaica. No período que antecedeu a criação das medidas executivas e leis contra os judeus, as campanhas de propaganda criaram uma atmosfera tolerante para com os atos de violência contra os judeus, particularmente em 1935, antes das Leis Raciais de Nuremberg, e em 1938, após aKristallnach (quando alemães, acreditando no comportamento perigoso dos judeus, quebraram as vidraças de diversas sinagogas com pedras, em represália a uma morte causada por um judeu. Foi conhecida como a Noite dos Cristais). A propaganda também incentivou a passividade e a aceitação das medidas iminentes contra os judeus, uma vez que o governo nazista interferia e "restabelecia a ordem" (derrubada pela derrota alemã na 1ª Guerra Mundial).
A propaganda nazista também preparava o povo para uma guerra, insistindo em uma perseguição, real ou imaginária, gerando uma lealdade política e uma “consciência racial” entre as populações de etnia alemã que viviam no leste europeu, em especial Polônia e Tchecoslováquia. Outro objetivo da propaganda nazista era o de mostrar a uma audiência internacional, em especial as grandes potências européias, que a Alemanha estava fazendo demandas justas e compreensíveis sobre suas demandas territoriais.
Inventando um elo entre o comunismo soviético e o judaísmo europeu, e apresentando a Alemanha como defensora da cultura "ocidental" contra a ameaça "Bolchevique", esta propaganda também mostrava uma imagem apocalíptica do que aconteceria caso os soviéticos ganhassem a Guerra.

O cinema, em particular, teve um papel importante na disseminação das idéias do anti- semitismo racial, da superioridade do poder militar alemão e da essência malévola de seus inimigos, como eram definidos pela ideologia nazista. Os filmes nazistas retratavam os judeus como seres "subhumanos" que se infiltraram na sociedade ariana.
Hitler tinha a última palavra tanto na legislação nacional quanto na política externa alemã. Esta última era guiada pela crença racista de que a Alemanha era biologicamente destinada a expandir-se para o leste europeu por meio de força militar, e de que uma população alemã, maior e racialmente superior, deveria ter domínio permanente sob o leste europeu e a União Soviética. Nesta crença as mulheres exerciam um papel muito importante como reprodutoras. A política populacional agressiva do Terceiro Reich encorajava as mulheres "racialmente puras" a darem à luz ao maior número possível de crianças "arianas".

Dentro daquele sistema, as pessoas "racialmente inferiores" como os judeus e os ciganos deveriam ser eliminadas. A política externa nazista tinha como objetivo, desde o início, travar uma guerra de aniquilação contra a União Soviética e, para isto utilizou os anos de paz anteriores à eclosão da Guerra para preparar o povo alemão para o conflito.
Críticas explícitas ao regime eram reprimidas pela Gestapo, a polícia secreta do estado, e pelo Serviço de Segurança (SD) do partido nazista, mas o governo de Hitler era popular entre a maioria dos alemães. A pequena oposição ao estado nazista variava desde a não conformidade a uma tentativa, abortada, de assassinar Hitler no dia 20 de julho de 1944.

O regime de Hitler ambicionava criar um novo e vasto império cujo território unisse a Alemanha e o leste da Europa em um só país, para assegurar o crescimento germânico em termos populacionais e econômicos, com acesso a mais recursos naturais que os que existiam em solo alemão. Segundo os idealizadores do projeto de domínio alemão sobre Europa, tal império somente poderia ser construído através de uma guerra.
Depois de assegurar a neutralidade da União Soviética, através do Pacto de Não- Agressão Germano-Soviético de 1939, a Alemanha deu início à II Guerra Mundial ao invadir a Polônia no dia 1 de setembro de 1939. No dia 3 de setembro do mesmo ano, a Inglaterra e a França responderam à agressão com declarações de guerra aos alemães. Em um mês, a Polônia foi derrotada pela combinação das forças alemãs e soviéticas, e teve seu território dividido entre a Alemanha nazista e a União Soviética.
Em abril de 1940, as forças alemãs invadiram a Noruega e a Dinamarca. Em 10 de maio daquele mesmo ano, a Alemanha invadiu os Países Baixos—Holanda, Bélgica, e Luxemburgo—que haviam assumido uma postura de neutralidade, e também  ocuparam a França. Em 22 de junho de 1940, franceses colaboracionistas assinaram um tratado de cessar-fogo com a Alemanha, autorizando este último país a ocupar a parte norte da França, bem como a costa mediterrânea, e criando um regime pró- nazista no sul daquele país, com sede na cidade de Vichy.
Encorajada pela Alemanha, em junho de 1940 a União Soviética ocupou os países bálticos-- Lituânia, Letônia e Estônia--anexando-os formalmente à URSS. A Itália, como parte do “Eixo”, aderiu à guerra em 10 de junho de 1940. Entre 10 de julho e 31 de outubro de 1940, os nazistas levaram a cabo uma intensa batalha aérea contra a Inglaterra, conhecida como a “Batalha da Inglaterra”, no fim da qual foram derrotados.
Como Hitler tinha como alvo o comunismo soviético, numa violação direta aos termos  do  Pacto  de  Não-Agressão  Germano-Soviético,  os  alemães  e  seus aliados invadiram a União Soviética em 22 de junho de 1941 (tido como o maior erro estratégico de Hitler). Em junho e julho de 1941, os alemães também ocuparam os estados bálticos. O chefe de estado soviético, Joseph Stalin, opôs-se à Alemanha nazista e seus parceiros do “Eixo”, tornando-se a partir daquele momento um importante líder das forças Aliadas.
Durante 1941, as tropas alemãs avançaram sobre o território soviético, mas a forte resistência oferecida pelo Exército Vermelho impediu que capturassem as cidades- chave de Leningrado (atual São Petersburgo) e Moscou. Em 6 de dezembro de 1941, as tropas soviéticas contra-atacaram, fazendo com que as forças alemãs saíssem definitivamente dos arredores de Moscou. Um dia depois, em 7 de dezembro de 1941, o Japão, país membro do Eixo, bombardeou Pearl Harbor, no estado norte- americano do Havaí, e imediatamente os Estados Unidos declarou guerra ao Japão e ao Eixo. O conflito militar ampliava-se através dos continentes.
Em maio de 1942 os britânicos bombardeiam a cidade de Köln, ou Colônia, trazendo a guerra para dentro do território alemão pela primeira vez. Durante os três anos seguintes bombardeios anglo-americanos reduzem cidades alemãs a escombros.
Em 1944, as tropas Aliadas libertam Roma. Seis semanas depois, bombardeios anglo- americanos conseguem, pela primeira vez, atingir alvos na Alemanha oriental também, destruindo boa parte de Berlim.

Em junho de 1944, as tropas britânicas e norte-americanas desembarcam com sucesso nas praias da Normandia, na França, e abrem a “Segunda Frente” contra os alemães. Conhecido como o dia “D”, pois esse desembarque marcou o inicio da derrocada alemã.
As forças anglo-americanas saem da Normandia seguindo rumo ao leste, e, entram na capital francesa. Em setembro, os Aliados chegam até a fronteira alemã; em dezembro, quase toda a França, a maior parte da Bélgica, e a parte sul dos Países Baixos são libertadas.
Em 1945 os soviéticos iniciam sua ofensiva final e cercam Berlim. Em 30 de abril de 1945 (há exatos 70 anos), Hitler comete suicídio. Em maio de 1945 a Alemanha se rende aos Aliados.
Japão não se rende, e em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançam uma bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, no Japão. 3 dias depois, outra bomba sobre Nagasaki.

Em 2 de setembro o Japão se rende oficialmente, pondo fim à Segunda Guerra Mundial.




                HOLOCAUSTO

No início do regime nazista o governo Nacional-Socialista criou campos de concentração para deter seus oponentes políticos e ideológicos.

Nos anos que antecederam a Guerra as SS e as autoridades policiais prenderam um número grande de judeus, ciganos e outras vítimas do seu ódio étnico e racial naqueles campos. Outros grupos eram perseguidos por seu comportamento político, ideológico ou comportamental, tais como os comunistas, os socialistas, as Testemunhas de Jeová e os homossexuais.
Para concentrar, monitorar, e facilitar a deportação futura da população judaica, os alemães e seus colaboradores criaram guetos, campos de transição e campos de trabalho escravo para judeus.

Depois que os alemães deflagraram a Segunda Guerra Mundial com a invasão da Polônia, em setembro de 1939, o regime nazista utilizou propagandas para causar a impressão de que os judeus não eram apenas sub-humanos, mas que eram também perigosos inimigos do Reich alemão. O regime buscava obter o apoio, ou o consentimento tácito, da população alemã para as políticas que tinham como objetivo a remoção permanente dos judeus das áreas onde viviam alemães.
Após a invasão da União Soviética, em junho de 1941, as unidades móveis de extermínio, e posteriormente os batalhões policiais militarizados atravessaram as linhas fronteiriças alemãs para realizar operações de assassinato em massa de judeus, ciganos, e autoridades governamentais do estado soviético e do Partido Comunista. As unidades das SS e da polícia alemã assassinaram mais de um milhão de homens, mulheres e crianças judias, além de outras centenas de milhares de pessoas de outras etnias. Entre 1941 e 1944, as autoridades nazistas alemãs deportaram milhões de judeus da Alemanha, dos territórios ocupados e dos países aliados ao Eixo para guetos e campos de extermínio, muitas vezes chamados de centros de extermínio, onde eram mortos nas instalações de gás criadas para cumprir esta finalidade.

Após junho de 1941, quando a Alemanha invadiu a União Soviética, as SS (organização paramilitar ligada ao Partido Nazista alemão) e grupos da polícia que agiam como unidades móveis de extermínio iniciaram operações de assassinato de comunidades judaicas inteiras naquela área, matando indiscriminadamente todos os seus membros. No outono de 1941, elas introduziram as câmaras de gás móveis, nas quais o cano de escapamento dos caminhões utilizados havia sido reajustado para liberar um gás letal, o monóxido de carbono, dentro dos compartimentos totalmente vedados na carroceria, matando a quem ali estivesse, em complementação às operações de fuzilamento já em curso.
Três campos de extermínio--Belzec, Sobibor e Treblinka--foram criados na Polônia com o objetivo único de facilitar o extermínio em massa.



De tempos em tempos, o campo Majdanek também servia como local de extermínio de judeus residentes. Nele existiam câmaras de gás que as SS usaram para assassinar dezenas de milhares de israelitas que haviam sido trabalhadores escravos, mas que agora estavam fracos demais para exercer qualquer tipo de atividade. No centro de extermínio de Chelmno, a cerca de 50 quilômetros a noroeste da cidade de Lodz, as SS em conjunto com a polícia mataram, pelo menos, 152.000 pessoas, sendo a maioria delas israelitas, além de milhares de ciganos. Na primavera de 1942, Hitler determinou que Auschwitz II (Auschwitz-Birkenau) tornar-se-ia uma "fábrica" de extermínio em grande escala, e lá cerca de um milhão de judeus, de diversos países da Europa, foram assassinados.
A vontade de Hitler era baseada num estudo chamado Eugenia. Seu principal objetivo era desenvolver maneiras de manipular e otimizar a evolução humana de acordo com os princípios darwinistas aplicados à humanidade (darwinismo social). Na prática se tornou terreno para legitimar o racismo e defender práticas extremamente polêmicas, como a esterilização e extermínio de grupos genéticos inteiros.
Antes das prisões e extermínios (antes da Guerra), Hitler ditou novas regras que proibiam desde a realização de casamentos entre judeus e arianos até mesmo a frequentar locais públicos (inclusive hospitais). Pode parecer estranho imaginar que a comunidade internacional conviveu com isso por anos, mas esta é a realidade. Enquanto os judeus mais ricos simplesmente fugiram para outros países, os mais pobres ficaram até o cerco se fechar.
O uso de cobaias humanas hoje em dia é algo extremamente delicado e sua discussão sobre questões éticas acaba impondo limites às realizações de determinados testes. No contexto do holocausto alguns médicos nazistas realizaram experiências mortíferas que envolviam homens, mulheres e até mesmo bebês. O principal responsável por essas experiências foi Josef Mengele, conhecido como O Anjo da Morte, médico chefe do temido campo de extermínio Auschwitz. Fontes indicam o uso de milhares de prisioneiros em experiências quase sempre fatais, e quando a vítima sobrevivia, era executada para uma análise de seu cadáver. Entre as experiências realizadas podemos citar: exposição à radiação, congelamento, consumo exclusivo de água do mar e até mesmo dissecação de vivos para observar a evolução de doenças e infecções.

Os judeus foram afastados de todos os cargos públicos, suas crianças foram expulsas das escolas e se criaram instituições para expulsá-los do território alemão. Com o início da Segunda Guerra os cuidados para maquiar o anti semitismo para a comunidade internacional cessaram, judeus agora eram obrigados a andar com uma estrela de identificação, gradualmente foram forçados a habitar regiões segregadas (os chamados guetos) onde faltava tudo, desde moradias suficientes até alimentação e ofertas de trabalho. Quando o conflito mostrou maiores dificuldades para a vitória nazista, entrava em cena a chamada Solução Final: prisioneiros eram levados para campos de extermínio, verdadeiras "fábricas de morte" movidas a envenenamento com um gás pesticida.



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Uma contradição amarga a ser lembrada é que os Aliados não direcionaram o esforço de guerra para a liberação dos judeus. Ao invés disso, se observou uma corrida pela aniquilação do Estado Nazista. Isso remete às divergências nos interesses políticos das duas partes que formaram as Potências Aliadas, o único elemento que ligava a União Soviética ao ocidente era o inimigo em comum (Hitler), no mais, eles eram adversários. Sendo o rápido avanço soviético no front oriental uma forte ameaça da dominação comunista no continente europeu.
A demonização da ideologia nazista é um tema extremamente delicado quando lembramos que Hitler chegou ao poder de forma democrática e boa parte da população da Alemanha aprovava calorosamente o regime. De fato o racismo era algo presente naquela nação, mas isso não significa muita coisa: se você observar com cautela os principais jornais circulantes na Inglaterra e Estados Unidos naquele período, vai perceber que o racismo e a segregação também existia nesses países. Apesar de haver casos de violência explícita contra judeus por parte de civis alemães, as atrocidades cometidas nos campos de concentração eram mantidas em sigilo pelo alto comando nazista.
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Nos meses que antecederam o final da Guerra os guardas das SS transferiram os prisioneiros dos campos em trens, ou em marchas forçadas conhecidas como "marchas da morte", na tentativa de evitar que os Aliados os libertassem. Conforme as forças Aliadas atravessavam a Europa, em uma série de ofensivas contra a Alemanha, elas começaram a encontrar e a libertar prisioneiros dos campos de concentração e aqueles que estavam sendo levados de um campo para outro. Estas marchas continuaram até o dia 7 de maio de 1945, o dia em que as forças armadas da Alemanha se renderam incondicionalmente aos Aliados. Para os Aliados ocidentais a Segunda Guerra Mundial terminou oficialmente na Europa no dia seguinte, em 8 de maio, o (V-E Day, o Dia da Vitória, no entanto as forças soviéticas proclamaram seu "Dia da Vitória" como 9 de maio de 1945.
  

Pós Guerra



Com o fim da Segunda Guerra Mundial a descoberta dos campos de concentração aqueceu o desejo de estabelecer uma pátria para os judeus, assim, se procurou potencializar o episódio com diversos artifícios. (São os vencedores que contam a história, da forma como lhes é conveniente). Muitas fotografias tiveram um cenário forjado, soldados recolheram e empilharam corpos, prisioneiros doentes foram selecionados a dedo para compor imagens chocantes.

Entendida a posição Aliada, deve-se observar com ainda mais atenção a postura dos chamados revisionistas.

A revisão da história, quando feita com seriedade, é um papel muito importante para desconstruir certas ilusões. A necessidade de reanalisar o Holocausto não seria de tamanha polêmica se dezenas de países não considerassem crime a sua prática, atitude gravíssima, uma vez que não existe tema histórico de veracidade incontestável.
Na maior parte da Europa, incluindo a Alemanha, é proibido fazer alguém estudo ou matéria que vise desmistificar o Holocausto. Isso porque tais estudos são acusados de insuflar idéias nazistas.

Esse interesse Aliado de reestabelecer um território aos judeus (que há séculos estavam sem território), fez com que criassem o Estado de Israel, onde era território Palestino. Tal fato gera conflitos até hoje, com constantes conflitos. Palestina não aceita que Israel fique no que considera suas terras. Israel se considera dono legítimo do local, por ser solo sagrado judeu e onde ocupavam antes de serem expulsos. E Israel tem o apoio das potências Ocidentais, em especial os EUA, que veem na presença de Israel no local, uma forma de conter o avanço muçulmano e contrário aos EUA. Tais conflitos, na faixa de Gaza, perduram e se intensificam até hoje. Resultado direto da 2ª Guerra Mundial e do ataque de Hitler contra os judeus.




               Muro de Berlim

Com o fim da Guerra, vencida pelos países Aliados em conjunto com União Soviética, o território alemão foi inteiramente dividido entre os vencedores, criando a Alemanha Ocidental (controlada por EUA, França e Inglaterra) e a Alemanha Oriental (União Soviética).
Resultado de imagem para mapa Alemanha pós guerra  Berlim, no Centro do lado soviético.
Ocorre que Berlim era a capital da Alemanha, e, portanto, ponto estratégico para as potências. Assim, a Capital foi também dividida entre as 4 potências, mesmo estando inteiramente dentro do lado soviético.
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Obviamente isso era incômodo para as Potências. No lado Ocidental, havia uma série de obras e investimentos realizados através do Plano Marshall. No lado Oriental, a União Soviética criou o Estado Único, confiscando propriedades e instituindo o comunismo.

Com o tempo, os alemãs orientais, buscando melhores condições de vida ou de emprego, passaram a emigrar para o lado Ocidental, lá se estabelecendo. Isso enfraquecia a União Soviética, já que passava a idéia de que “o ocidente é melhor”.
Assim, após algumas medidas restritivas impostas anteriormente, na madrugada de 13 de agosto de 1961, foi construído o Muro de Berlim. Dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda.

O Muro de Berlim era, portanto, uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental. Este muro, além de dividir a cidade ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas e República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético.
A medida pegou de surpresa a população, dividindo, inclusive, diversas famílias.

Este muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental com ordens de atirar para matar os que tentassem escapar, o que provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas.
Durante uma onda revolucionária que varreu o Bloco do Leste, o governo da Alemanha Oriental anunciou, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental e Berlim Ocidental. Multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o Muro, juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de celebração.
Ao longo das semanas seguintes, partes do Muro foram destruídas por um público eufórico e por caçadores de souvenirs. Mais tarde, equipamentos industriais foram usados para remover quase o todo da estrutura.

A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 outubro de 1990. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria. O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos, está marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.

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